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Vegetarianismo, deficit de ferro e anemia

Os #vegetarianos estritos ou #vegan são um grupo de risco para deficit de #ferro e #anemia ferropénica? A prevalência de deficit de ferro é efectivamente superior neste grupo comparativamente a omnívoros, embora os estudos sejam heterogéneos no que respeita à magnitude dessa diferença. E sendo a #ferritina o melhor indicador das reservas de ferro, concentrações mais elevadas nem sempre refletem maiores níveis pois a ferritina aumenta em estados inflamatórios.


Existem duas formas de ferro biodisponíveis - heme e Fe2+. O ferro heme encontra-se exclusivamente em alimentos de origem animal e apresenta uma absorção significativamente superior (20-30% vs 10-15%). Os vegan estão limitados ao Fe2+ que, no contexto da dieta, matriz dos alimentos e presença de inibidores/cofactores, vê a sua absorção reduzida para 5-12% em média. Sabe-se que a vitamina C facilita a absorção de Fe2+, e os polifenóis, fitatos e cálcio têm um efeito inibitório. Além disso, a carne é uma fonte de particular biodisponibilidade pela presença de um factor proteico, o MFP, ainda mal caracterizado mas que parece potenciar a absorção de ferro não-heme em 2-3 vezes.


A anemia é já um estado avançado do deficit de ferro que pode e deve ser diagnosticado mais precocemente, quando a ferritina baixa ainda antes de se refletir numa redução da hemoglobina e tamanho dos eritrócitos. Convém também salientar que não são apenas os vegetarianos que estão em risco, e na verdade a prevalência de deficit é também elevada nas mulheres pré-menopausicas em geral e em várias doenças gastrointestinais. Grupos que deverão estar atentos a sintomas como fadiga, cansaço precoce em esforço, tonturas, taquicárdia, queda de cabelo ou unhas quebradiças.

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