Na agitada sociedade moderna a importância do sono é muitas vezes colocada em segundo plano. Mas 1/3 da nossa vida a dormir não é tempo perdido, e sim uma necessidade biológica imperativa. Por questões de saúde em primeiro lugar, mas também para manter o peso e boa composição corporal. O estudo que vos mostro hoje avaliou o impacto de 8,5 vs 5,5 horas de sono por noite durante 14 dias, em ambiente experimental controlado, na composição corporal e parâmetros metabólicos de indivíduos com excesso de peso quando sujeitos a uma dieta hipocalórica equivalente.
Apesar de ambos os grupos terem perdido sensivelmente o mesmo peso, o grupo com 5,5 horas de sono perdeu 60% menos gordura, e bem mais músculo (-2,4 vs 1,5 Kg). Verificou também uma redução significativa do gasto energético em repouso, cerca de 150 kcal mais baixo do que com as 8,5 horas por noite, uma redução da actividade simpática e menor oxidação de lípidos como substrato energético ao longo do dia. Aquilo que definimos como menor flexibilidade metabólica na alternância de substratos energéticos após refeição.
Nunca é demais reforçar a importância que o sono tem na prevenção de doenças cardiometabólicas, risco de obesidade, e saúde em geral. Isto porque muitos insistem em esquecer, ou a não dar a devida importância numa sociedade que simplesmente parece não querer parar. E não… dormir mais umas horinhas ao fim de semana não vai compensar o estrago, o que aliás já foi demonstrado.
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