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O diagnóstico de fadiga adrenal

Em 1998 o naturopata Norte-Americano James Wilson utilizou pela primeira vez a designação de “Fadiga Adrenal” para um estado de hipocortisolismo associado a sintomas de fadiga constante, depressão, ansiedade, irritabilidade, dores musculares e articulares, quebras de tensão, hipoglicemia reactiva, distúrbios de sono, e baixa capacidade de lidar com o stress em geral. A “Fadiga Adrenal” não é uma entidade clínica reconhecida por nenhuma associação médica oficial, embora muitos profissionais usem esse diagnóstico para definir um estado disfuncional associado aos sintomas citados. A literatura é ambígua nesse sentido, mas clara em afastar uma resposta deficiente da adrenal. E mais do que isso, a disfunção será um sintoma e não a causa. A evidência é heterogénea e não é possível encontrar uma relação geral entre a fadiga crónica e a função das adrenais. No entanto, as diferentes amostras e métodos de avaliar a actividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) dificultam essa análise, e existem evidências de estados de hipocortisolismo e baixa reactividade ao stress que se associam aos sintomas da dita “Fadiga Adrenal”. Já estudos em animais nos anos 80 mostravam que a exposição crónica ao stress levava a uma aumento do cortisol, seguido de uma redução ao fim de 2 semanas sem que o ambiente fosse alterado. Uma resposta fisiológica com o intuito provável de atenuar impacto catabólico do excesso de corticóides e imunosupressão. Estados de hipocortisolismo são comuns após cirurgia, doença crítica e, encontrados também em subgrupos de indivíduos com fadiga crónica, PTSD e fibromialgia, por exemplo.

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